O itinerário inicia-se junto da capela de Santo Amaro, descendo pela encosta até perto do farol do cabo Mondego e tomando a cumeada até à Murtinheira. O percurso alia magníficas paisagens a uma riqueza natural e geológica. Ao longo do caminho encontramos alguns exemplares de lentisco (Piscacia lentiscus), aderno (Rhamnus alaternus), carrasco (Quercus coccifera), medronheiro (Arbutus unedo), urzes (erica sp.), mas quando a proximidade marítima é maior a vegetação arbustiva vai-se tornando menos densa. Os cortes geológicos das arribas calcárias, ricas em registos fósseis, remetem-nos para um período jurássico, onde os dinossáurios (Megalossaurus insignis e M. Pombali deixaram as suas pegadas, como testemunho da história do planeta Terra.
Milhões de anos depois, os Homens primitivos ocupavam a mesma região e sacralizaram a paisagem com a edificação de enormes sepulturas dólmens que marcam o tempo... na procura da imortalidade do espírito.
No sector da Serra da Boa Viagem afloram uma espessa série de sedimentos que registam um intervalo de tempo geológico de aproximadamente entre os 180 e 140 milhões de anos (Jurássico Médio e Superior). Uma das características singulares que o Jurássico Médio do cabo Mondego possui é um elevado registo sedimentar riquíssimo em amonites, um grupo extinto de moluscos cefalópodes que se assemelhavam às actuais lulas e chocos.
As camadas geológicas incluem uma diversidade de estruturas sedimentares bem delineadas, complementadas por associações diversificadas de fósseis típicos de diferentes ambientes (corais, equinodermes, bivalves, braquiópodes, gasterópodes, crinóides e restos vegetais). É nesta posição estratigráfica (Oxfordiano), que em 1884, foram reconhecidas várias pegadas de dinossáurios terópodes, atribuídas a megalosaurídeos.

Fonte: www.rotasfigueira.com

Coordenadas GPS: N40 11.665  W8 53.152 (Inicio/Fim do Percurso)
 

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