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Saindo da
A25 ou vindo de Tondela via EN 627, irá
cruzar-se com a EN228 e encontrar o
acesso a Caparrosa e Souto Bom.
O Centro de Acolhimento da Aldeia de
Souto Bom é o ponto de partida da
caminhada.
Percorra os primeiros metros na estrada
principal até à entrada na calçada,
devidamente sinalizada. Para se
embrenhar em núcleos de carvalhais,
testemunho do que terá sido a floresta
nesta zona antes da intervenção Humana.
Surgem os primeiros campos agrícolas
delimitados por muros de pedra, onde vão
aparecendo fugidias lagartixas que
aproveitavam o calor do sol. Podem
avistar-se, aqui e além, alguns Melros,
Piscos ou até mesmo Águias de Asa
Redonda. De novo se entra por caminhos
florestais entre exemplares de Carvalhos
e Castanheiros numa presença impossível
de ignorar. Terá sido em tempos, a sua
presença de tal forma marcada que terá
dado o nome de Souto Bom ao lugar?
São muitas as nascentes, minas de água,
represas e ribeiras por aqui. O percurso
segue atravessando uma pequena ponte
pedonal sobre a Ribeira da Fraga, na
presença de uma luxuriante vegetação,
cuja sombra permite a abundância de
fetos e musgos característicos de zonas
mais húmidas.
Na subida que se avizinha, a calçada
acusa a repetida passagem de animais de
trabalho indispensáveis no granjeio dos
campos agrícolas que se formam
aproveitando pequenas parcelas em
socalcos que vencem e disfarçam o
declive, deixando antever a dureza do
trabalho manual e pouco mecanizado que
ainda hoje ainda se pratica.
Surge-nos uma “Alminha” e aí se toma a
Calçada da Teixugueira, em direcção à
casa granítica que se avista mais acima,
emoldurada por espigueiros e uma vasta
eira, onde, por certo, se secou muito
cereal. A paisagem prende a atenção e,
na época própria, volta-se para a
cultura do milho que cobre quase todas
as pequenas parcelas em socalcos.
Daqui também já se observa o núcleo
original de Souto Bom: um conjunto de
casas tradicionais em granito, que em
breve será apreciada mais de perto e
onde não poderia faltar a capela das
aldeia. Pelo Caminho do Tapado, logo se
chega ao largo.
Entrando na Calçada do Vale do Moinho,
vai ao encontro do primeiro núcleo de
sete moinhos da Ribeira da Pena. O
percurso segue a plataforma que os une,
sugerindo uma visita cuidada a este
conjunto patrimonial recuperado numa
homenagem ao Ambiente e Natureza. A
passagem pelo relógio do sol leva-nos a
admirar a forma expedita inteligente de
medição do tempo pelos antepassados.
Percorridos alguns metros de estrada, o
regresso ao ambiente rural a caminho da
povoação de Eiras enquadrada por
terrenos agrícolas das margens da
Ribeira.
De novo por caminhos florestais, por
rústicas calçadas de granito quantas
vezes calcorreadas, e por ambientes de
serenidade o percurso aproxima-se do
fim. Já se começa a reconhecer o trilho
inicial.
Basta vencê-lo em sentido inverso até ao
ponto de chegada.
Fonte:
C.M. Tondela / cm-tondela.pt
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