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Este
percurso tem inicio junto à igreja
matriz de Canelas, sobe pela rua da
Cordoaria até ao Cruzeiro rumando, de
seguida, para o lugar da Pirraça,
percorrendo o antigo caminho empedrado
até ao Lugar de Cima. Daqui ruma para a
“fonte da levada” e dali sobe até ao
Centro de Interpretação Geológica de
Canelas (CIGC) onde poderão ser
observados fósseis de trilobites de
inegável valor cénico e de
extraordinário interesse científico.
Todo este troço do PR9 decorre por
caminhos comuns ao GR28-“Por Montes e
Vales de Arouca”, grande rota esta que,
no CIGC, se separa da “Rota do Xisto”
para continuar para o Gamarão de Cima e
depois para Arouca, onde termina.
No CIGC, atravessa a EN 326-1 (Arouca-Alvarenga)
e toma um caminho que ascende por uma
cumeada no sentido Sudeste até ao ponto
mais alto do percurso, com 581 metros de
altitude, iniciando-se, aqui, suave
descida até à estrada asfaltada que vai
do citado centro de interpretação para o
lugar de Mealha.
Percorre esta estrada cerca de 300
metros, no sentido descendente, até que,
junto a uma torre de alta tensão, toma
um caminho florestal que encaminha o
pedestrianista para Vilarinho. Antes de
ali chegar, calcorreia um caminho antigo
praticamente gravado na rocha,
ouvindo-se lá em baixo, à direita, o
ribeiro correndo por entre frondosa
vegetação ripícula. Ao passar por este
lugar de Vilarinho repare-se numa laje
que dá conta de um acontecimento que
revela Vilarinho como uma localidade já
existente no Sec. IX.
Chega-se novamente à EN 326-1, que se
percorre por uns 100 metros retomando, à
esquerda, o antigo caminho das minas e
que agora passa nas traseiras de um
restaurante. Daqui até ao miradouro da
cascata das Aguieiras são 1500 metros
por caminhos fáceis e bem definidos.
Para aceder ao “miradouro”, toma-se um
trilho à direita, num colo onde o
caminho faz uma curva em cotovelo,
trilho este que após atravessar um
afloramento de quartzito desvenda uma
extraordinária cascata por onde se
precipitam as águas do ribeiro de
Alvarenga entregando-as ao rio Paiva,
numa paisagem de rara beleza, com o
casario de Alvarenga lá à frente na sua
verdejante e fértil chã, contrastando
com o vale profundo do tumultuoso Paiva.
Volta-se ao caminho, continuando a subir
suavemente com o rio à direita e a
cascata ficando para trás. Chega a outro
colo ou portela, na base do Cabeço do
Pereiro, onde existe um entroncamento de
estradões, tomando-se o da direita, que
desce suavemente. Daqui à mina do
Pereiro são uns 1200 metros. Esta é uma
mina escavada no granito, apresentando
alguma solidez e que para ser visitada
requer que o visitante possua uma
lanterna. A galeria principal - que terá
uns 150 metros até à câmara -
desenvolve-se na horizontal havendo,
também, chaminés e poços para os quais
se chama a especial atenção por
constituírem perigo; ao longo do
percurso é possível espreitar para o
interior de outras minas.
Volta-se ao caminho principal que,
descendo sempre, ruma ao rio Paiva,
atingindo-se este por carreiros e
quelhas antigas que decorrem sob um
bosque típico de folhosas de inegável
valor natural.
Após passar a uns 50 metros das ruínas
da casa do barqueiro chega-se, por fim,
ao Vau. É um recanto de grande beleza
paisagística que convida a um descanso
da jornada. Era aqui que se fazia a
travessia de pessoas e bens entre as
duas margens; as lousas da pedreira de
Canelas eram aqui atravessadas na barca
e, já do lado de lá, eram carregadas em
carros de bois que as transportavam para
Alvarenga e Nespereira onde iam cobrir
as casas da região.
Aqui, no Vau, o PR9-“Rota do Xisto”
encontra-se com o GR28-“Por Montes e
Vales de Arouca” percorrendo caminhos
comuns, quase sempre, até Canelas e dali
até ao CIGC.
Do Vau, após passarem a cascata do
ribeiro da Estreitinha percorrem, os
dois, o caminho antigo na margem do
Paiva até à rampa dos barcos de rafting.
Aqui, o GR28 sobe pela estrada empedrada
e o PR9 continua ao longo do rio até à
confluência do ribeiro de Canelas,
subindo depois até aos moínhos e daqui
até à estrada empedrada onde se vai
juntar, outra vez, com o GR28 seguindo
juntos até Canelas e ao CIGC.
Após percorrer uns 200 metros pela
estrada empedrada, tomam à direita um
antigo caminho que ladeia os campos de
cultivo e que após passar a ETAR chega
ao lugar de Além do Ribeiro e ao largo
da Gata. Aqui descem uma rampa até ao
lavadouro público, na margem do ribeiro
e a montante da ponte. Passados uns 100
metros sobem as escadas da Barroca,
passam por uma estreita viela, virando à
direita para o largo da Carvalheira.
Daqui sobe-se para a igreja matriz, onde
termina a “Rota do Xisto”.
Fonte:
"cm-arouca.pt" |
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