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PERCURSO SINALIZADO
O Pr3 "
Caminhos do Sol Nascente" é um percurso
de pequena rota, com cerca de 13 kms,
circular, com um pequeno ramal de acesso
à Igreja Matriz de Moldes, onde se
inicia.
Por ser circular pode ser iniciado em
qualquer dos lugares por onde passa e em
qualquer sentido, mas por a subida de
Moldes para Bustelo ser mais suave é por
aqui que faremos a sua descrição.
Junto à Igreja de Moldes tomamos a
estrada asfaltada na direcção de Fuste
e, passados 300 metros, depois da
bifurcação para Friães, abandonamo-la,
tomando à direita um caminho que nos
leva à Serra.
Seguindo as marcações amarelas e
vermelhas encontramos um caminho antigo
que, subindo, nos conduz por um bosque
onde predomina o pinheiro, aqui e ali
salpicado de castanheiro e carvalho.
Alguns eucaliptos também.
Continuando por ele e após frondoso
bosque de castanheiro e carvalho,
chegamos a Bustelo.
Depois de pequeno descanso para
recuperar energias, podem contemplar-se,
do coreto, os bem tratados campos em
socalcos, após o que se percorre a
aldeia pelo seu caminho mais antigo,
passando uma rústica, singela e bela
fonte de água cristalina e fresca e
entrando de novo em caminho de asfalto
em direcção à antiga escola. Junto
desta, retomamos os caminhos antigos e
tradicionais.
Depois de atravessarmos o ribeiro de
Espinho, tomamos um caminho, à esquerda,
que sobe suavemente, sob as ramagens
frondosas de outro bosque.
Numa curva apertada, tomamos o caminho
da esquerda, um caminho muito antigo que
fazia a ligação das aldeias de montanha
( Cabreiros, Tebilhão e Cando) à sede do
Concelho. Era por aqui que se faziam os
funerais para o cemitério de Moldes.
Seguindo pelo dito caminho, que sobe
suavemente, atingimos um moinho ladeado
de belos exemplares de azevinho e a
seguir umas alminhas. Para montante os
campos e as aldeias de Adaúfe. Aqui
podemos admirar as cascatas do lindo
ribeiro das Rocas, aproveitando para um
pequeno descanso.
Depois de atravessarmos o ribeiro numa
pequena ponte de arco seguimos, subindo
suavemente, até Espinheiro. Embora o
percurso passe ao lado, a arquitectura e
a construção tradicional, onde impera o
granito e o xisto nas coberturas, merece
uma visita.
Atravessada a estrada de asfalto que
liga Adaúfe a Espinheiro, passamos por
detrás deste último lugar continuando a
subir a Serra. Após atingirmos largo
estradão, estamos na quota máxima:770
metros de altitude. Daqui temos
deslumbrante panorâmica sobre o vale de
Moldes e a Sra da Mó, a norte; par
Nordeste a Serra do Montemuro, para
Noroeste os campos em socalcos de Adaúfe
e de Bustelo. Com frequência ouvimos o
piar da águia- de- asa - redonda que,
muitas vezes, podemos ver, e com sorte
avistaremos alguns esquilos.
Descendo pelo estradão, rapidamente
atingimos, no final deste, um grande
tanque comunitário de regadio
tradicional. Neste local seguimos pelo
caminho de asfalto, para a direita, até
Fuste.
Depois de admirarmos alguns motivos
interessantes (eiras espigueiros,
ramadas de vinhas...) seguimos pelo
caminho tradicional até ao núcleo mais
antigo da aldeia. Admire-se o moínho
agora parado. Depois de passarmos por um
"túnel" de ramadas, outra vez a estrada
de asfalto que nos leva até a escola.
Imediatamente após esta, tomamos o
caminho da esquerda, descendo para vila
Cova e para o vale de Moldes. Admire-se
o frondoso bosque, um dos mais bem
conservados de Arouca, e no seu
sub-bosque alguns exemplares de
azevinho, loureiro e medronheiro, entre
outros.
Chegados a Vila Cova, ao asfalteo,
continuamos por ele, para a esquerda.
Observe-se, daqui, a forma integrada e
harmoniosa dos núcleos habitacionais de
Póvoa e de Friães: os bosques
circundantes, os cultivos de milho, as
ramadas de vinha...
Passados 900 metros deixamos a estrada
de asfalto, atravessamos uma pequena
ponte de arco e estamos, outra vez, num
caminho tradicional. Passamos Póvoa e a
seguir Friães e pouco depois estamos de
novo na Igreja de Moldes. Destes
caminhos ora asfaltados, ora empedrados,
estendemos sobre a paisagem os
derradeiros olhares de quem esta de
partida, já com vontade de voltar....
Moldes
O Vale de Moldes é de grande beleza
visto de qualquer ponto elevado dos
montes que o rodeiam, mas é
particularmente belo quando contemplado
do alto da Sra. da Mó.
Revestido de oliveiras nas vertentes
abrigadas, guardando soutos luxuriantes
nas zonas nascente e sul, elevando-se em
socalcos, do centro para a periferia, em
todas as suas vertentes.
Último refúgio da castanha de Arouca,
cava-se numa região de contactos de
rochas: granito nas vertentes poente e
sul, xistos antigos a norte e a
nascente.
A origem do topónimo Moldes tem sido
bastante discutida. Segundo Manuel
Rodrigues Simões Júnior e Almeida
Fernandes, esta designação resulta da
evolução do latim molinos (moinhos).
Existem documentos que falam da "Villa
Ribulo Mollides" e as "Memórias
Paroquiais" referem que o " rio de
Moldes tem quarenta levadas... e trinta
e oito são de moínhos". Assim, o
topónimo virá de rio de Moinhos - rio de
Moldes.
Vários documentos relatam as
vicissitudes por que Moldes passou
durante a invasão árabe. Esta região era
importantíssima em toda a estratégia
militar, tanto muçulmana como cristã,
nela tendo ocorrido sucessivas refregas
que quase sempre ocasionavam a
destruição da Igreja Matriz.
Desníveis: um desnível ascendente
e um descendente, ambos moderados
Altitudes: Moldes (450m); Bustelo
(625m); Espinheiro (730m); Estradão
(877m); Fuste (570m); Póvoa (400m)
Época Aconselhada: Todo o ano,
especialmente no Verão, sendo 70% do
percurso feito à sombra
Fonte: cm-arouca.pt
Coordenadas GPS:
N40 54.861 W8 14.127
(Inicio do Percurso)
Contactos Úteis:
GNR: 256 940 150
Bombeiros Voluntários de Arouca:
256 944 122
Centro Saúde: 256 940 330
Posto de Turismo: 256 943 575 |
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